Os bovinos mirandeses são de uma grande rusticidade. Aleado a isto é de salientar a grande facilidade de parto, sendo os partos distócicos residuais, e o notável instinto maternal das vacas de raça mirandesa. Estas garantem a segurança das suas crias do ataque de predadores, como o lobo. Além do mais, por regra, são excelentes criadeiras. Tal característica está relacionada com a capacidade que estes animais tem em mobilizar as reservas corporais para a produção de leite para a cria.
Os partos das vacas mirandesas encontram-se distribuídos ao longo do ano. O intervalo médio entre partos para o total das fêmeas inscritas no Livro de adultos ronda os 400 dias. Este intervalo aproxima-se dos 365 dias nas vacas de idade mais jovem e tem tendência a aumentar em vacas com mais de 10 anos.
A idade ao primeiro parto ronda os 24 meses na maioria dos efetivos explorados no solar da raça. Quando as novilhas são exploradas em extensivo a idade ao primeiro parto é atrasada para os 3 anos de idade. Quanto aos machos a maioria dos criadores coloca-os para cobrição entre os 18 e os 20 meses. As vacas de raça mirandesa são de uma elevada longevidade reprodutiva, que dura em média 15 anos.
Associada à rusticidade e facilidade de parto verificada nas fêmeas reprodutoras, verifica-se igualmente uma reduzida taxa de mortalidade dos vitelos. Bem adaptada ao seu meio ambiente, os bovinos de raça mirandesa carecem de cuidados clínicos especiais.
Ficam aqui alguns números que definem a raça bovina mirandesa em termos produtivos e reprodutivos: